segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Memória e a usabilidade dos objetos

A memória é, sem dúvida, um dos maiores bens a nível emocional e experimental que o ser humano pode ter. Pode ser confusa, e muitas vezes até pode falhar ‒ não armazena dados como a memória RAM do computador e nem sempre se recorda de tudo o que se passou ‒, mas a memória é um poço de lembranças e experiências que já se teve e que, na maior parte das vezes, se traduz em muitas ações e decisões do nosso quotidiano. O mais curioso é que a memória tem a capacidade de esquecer aquilo de que não se quer lembrar e de se lembrar do que não quer esquecer, e isso não se traduz apenas em sensações mas também em objetos. Exemplo disso é a moda de hoje em dia, na qual nunca estiveram tão presentes vivências do passado (“retro”) – é cíclica. A moda “retro” recupera a usabilidade dos objetos, incorporando inovação, criatividade e qualidade no produto, relacionando assim o fator clássico ao moderno. Frigoríficos antigos que hoje são chamados “retro” como os SMEG, têm a “cápsula” antiga que está novamente na berra, mas o seu interior é (aos olhos do consumidor) total-mente recente e funcional; esse é um exemplo de como tudo é adaptável e mutável no design.